segunda-feira, dezembro 26, 2022

Capibaribe

Ninguém me salvará à madrugada
Nem as capivaras
As lavadeiras em redemoinho
Sequer o rio
Ou os monstros no fundo do rio
Estranhamente tépido
E profundamente escuro.
Todos dormem
À lama escura ao fundo das aguas.

Seu leito de água e vento
Leva consigo lembranças
Feitas e a germinar

Mas, na escuridão da madrugada
Tudo se confunde em negro
Lama, leito, vento
E o morno, estranho morno das águas
Que entorpece a todos 

Um comentário:

polly disse...

São lindos seus poemas