quinta-feira, dezembro 21, 2006

Primo Basílio:


" - Tinha suspirado
Tinha beijado o papel devotamente
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido
Sentia um acréscimo de estima por si mesma
E parecia-lhe que entrava enfim uma existênciasuperiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu intuito diferente
Cada passo conduzia um êxtase

E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."

Eça de Queiroz



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Queria escrever-te versos assim feito esse de Eça... Mas seria meu fim, definitivamente.
Escrever-te inflações de ego? Não sobraria de mim pra tu. Não sei mais o que te esccrever...
O que escreverei mais se ja virei apenas versos... Me escrevo.
Agora eu me escrevi todo... Te dei, tu leu, riu e devolveu. Agora me releio e não me entendo.
Tu não me tens... Eu não me tenho.
O que será de uma cousa que nem dela ela é?
Mas hoje eu me joguei no vento... Cartas soltas sempre são lidas.


Ou não.
César Gomes

domingo, dezembro 17, 2006

"Eu me escrevo para te ter, mas nem ao menos tu me lê."
César Gomes

domingo, dezembro 10, 2006

Contam que a muito, muito tempo no reino subterraneo, onde não existe nem a mentira nem a dor, vivia uma princesa que sonha com o mundo dos humanos. Sonhava com o cheiro das flores, com a brisa suave e com o brilhande sol. Um dia, burlando toda a vigilancia, a princesa escapou. Uma vez no esterior apagou-se qualquer indicio do seu passado. A princesa não sabia mas de onde tinha vindo. Seu corpo sofria frio, enfermidade e dor e ao decorrer dos anos... morreu. Seu pai, o rei, sabia que a alma da princesa voltaria em outro corpo, em outro tempo e em outro lugar. E ele espararia ate seu ultimo suspiro. Ate que o mundo deixase de girar.

El Laberinto del Fauno

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Depois que arrumo meu quarto ele fica tão bagunçado. Tudo tão fora do lugarque não encontro nada. Nem me encontro nele...
César Gomes