segunda-feira, novembro 03, 2014

Um velho um dia me disse que o amor não existe.
Eu acreditei.
E volto pra dizer que
Se o amor não existia, eu o criei
com minhas próprias mãos.

segunda-feira, maio 05, 2014

Il cielo e la neve

Está nevando no meu quarto
Sopra um vento frio e solitário...
Nada é real além da solidão
E do escorregadio chão de ilusões

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Semente

Cada poema é um pedaço de si mesmo, que se esvai como como pólen, ao encontro de férteis e ventres corações.

sábado, fevereiro 01, 2014

Criar expectativas é sim um ato agrário

Criar expectativas é sim um ato agrário.
A terra normalmente já fértil e sempre arada
Úmida de chuvas passadas e de um rio de esperança que corre ao sul

Ao menor sinal do Sol e de novas chuvas, toda a terra é semeada
Hectares.

Não mais que um dia e os brotos aparecem
Esverdeando o solo até perder-se de vista no horizonte

Os caules começam a endurecer, as primeiras flores nascem
E do que era verde, explode em cores e aromas.

A plantação barra os gira-sois e as tulipas.

E então. Depois de pouca espera, começam a nascer os frutos.
E é neste momento que conhecemos os bons fazendeiros.

Todo fruto é possível.

E de todos os frutos, o mais excêntrico é o da ilusão.
Há os que sabem apreciar como quem come fruta da palma sem se machucar nos seus espinhos. Mas há os que se envenenam.
Nem todos sabem apreciar um bom fruto de ilusão.

Mas dessas expectativas também pode não nascer nada, ou tudo.
Cabe a quem planta saber aceitar e se alimentar do que nasce.

A minha safra morreu.
Mas mesmo sem frutos maduros colhidos, apreciei toda a linda plantação nascer.
Amar é beber o amargo gosto da desilusão e saber saborear o que se imaginava doce.