quinta-feira, outubro 07, 2010

Duvida não me é mais inquilina.
Confusão já não me habita.
Hoje isto é a própria carne, osso e alma do que sou.


Mas não estou tão certo disto.
César Gomes

02:40am

Sim, me sobra tempo
Escoa pelos meus dedos
Transborda pelas paredes
Se derrama pelo meu peito
Tanto que me afogo nas horas, me perco nos minutos.

Sufoco a cada segundo

Mas enquanto isto, não tenho uma gota de tempo.
Estou no mar de horas, sem um pingo doce de tempo.
César Gomes

quarta-feira, agosto 11, 2010

Amor

Me falta sentido, me falta senso,
me falta laço, me falta lenço.

Me falta sabor, me falta cheiro.
Me faltam oito peões e um tabuleiro.

Não tenho cama, não tenho berço,
Não tenho terço, não tenho fama.
Não tenho força, não tenho peso,
Não tenho louça, não tenho geso.

Me falta cor, me faltam listras,
Me falta medo, me faltam pistas.

Me falta o riso, me falta pressa,
Me falta o palco me falta a peça.

Cayo Cé

segunda-feira, agosto 09, 2010

Meus cílios, em nuvem,
Chovem até o queixo.
E regada, minha barba cresce sem pressa.

Na paisagem do meu rosto não se vê alegria.
César Gomes

domingo, agosto 08, 2010

Cada cada.

Não convém falar que amei cada momento, cada beijo, cada suspiro, cada olhar, cada gracejo, cada passo, cada dança, cada beijo. Cada cara, cada parada, cada sorriso, cada brincadeira, cada mensagem, cada riso, cada palavra. Cada cada, cada escada, cada um, cada momento, cada cocada, cada beijo. Cada olhar, cada mão, cada beijo. Cada caricia, cada carinho, cada caricia, cada carinho, cada beijo. Cada cama, cada sacola, cada mão, cada dedo. Cada cílio, cada mancada, cada piso, cada sacada. Cada apartamento, cada som, cada pisada, cada olho, cada momento. Cada visão, cada beijo, cada um de cada beijo.

Não convém falar de cada coisa que amei.
Basta apenas dizer que amei.

César Gomes

segunda-feira, abril 26, 2010







Sim, sou culpado... Fui cupido. Com asinha e tudo
em carrara esculpido.

terça-feira, abril 20, 2010

in|verso

Não conheces meu cheiro
Não conheces meu medo, minha graça
Ou minhas vontades e anseios
Não conheces meus sussurros nem meus gritos

Meu cheiro! ... tu não conheces.

Minhas verdades e meus segredos
Minhas definições das coisas alheias
Nem minha raiva ou minha alegria
Não conheces meus momentos felizes nem tristes

Não fazes parte das minhas piadas, nem me faz rir
Não sou teu amigo, nem sou teu namorado

Sou um mero conhecido

Conhecido? eu nem te conheço
sou apenas um mero acaso.

quarta-feira, abril 14, 2010

É tão confortavel quando os problemas cabem em 140 caracteres, no perfil do orkut ou no blog. Mas isso não são os problemas, são apenas palavras.

Mas relembrando Chico, é melhor sofrer em 140 caracteres do que sofrer calado.

E o problema não é a dor. Não dá pra tentar fugir ou resolve-la.
O problema é o que a causa.
Mas a causa não é vista como dor. É vista como beleza e prazer!

Mas que beleza de dor prazerosa da porra!

Cayo César.

sexta-feira, janeiro 29, 2010