Desde os meus oito anos resolvi guardar todas as pedras que encontrava em meus sapatos.
Guardava-as dentro de um jarrinho de vidro.
Tinha planos do que fazer, no futuro, quando o pote estivesse cheio e tivesse que trocá-lo.
Hoje, com meus quase sessenta anos, não somei mais que quinze pedrinhas minúsculas.
De fato, aos vinte sete anos, troquei o recipiente. O antigo era grande demais. Hoje as pedrinhas andam comigo no bolso, num potinho bem pequeno.
O que seria de mim.
O que seria de mim se não as tivesse colecionado todas?
Com carinho.
Com dedicação.
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