quinta-feira, agosto 01, 2013

Sentado na beira do rio ele lia os novos contos de Charlote Cadense. Seus cabelos, em cuia, voavam perdendo a forma recorrente. Dançava na lisa pele. “Corredeiras desciam a cordilheira. Cadentes cofres de cintilantes cores. Corvos.” Não gostava da maneira que Charlote usava as palavras. Mas lê-la lembrava-o do seu passado. Sim, seu passado distante. Um ano, apenas. Não era de se espantar, Pedro tinha 16 anos. Um ano é uma vida.

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