Ah se eu pudesse escrever o que eu sinto.
Seria escrito em uma língua diferente da que eu entendo.
Mas seriam letras lindas, palavras de doce pronuncia.
Em uma caligrafia fina e tremula,
escreveria palavras fortes.
Finas linhas e profundos sulcos no papel,
daqueles que sentimos ao passar os dedos.
Lindos floreios e borrões
espalhando a tinta por todo o papel,
formando desenhos inexprimíveis
Letras de mulher, com força masculina
Rasgos no papel, da afiada caneta esguia
O que será dessa carta.
O cheiro metálico da tinta é sentido por quem lê
Relembrando desgostosos acidentes do paladar à caneta
Se eu pudesse escrever o que eu sinto
Escreveria palavras indiscretas de leitura pesada
e dicção dificultosa.
Ah, se eu pudesse me escrever em papel molhado de pingos salgados e doces risos.
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