Não conheço teu medo, tua graça
Ou tuas vontades e anseios
Não conheço teus sussurros nem teus gritos
Teu cheiro! ... eu não conheço.
Tuas verdades e teus segredos
Tuas definições das coisas alheias
Nem tua raiva ou tua alegria
Não conheço teus momentos felizes nem tristes
Não faço parte das tuas piadas, nem te faço rir
Não sou teu amigo, nem sou teu namorado
Sou um mero conhecido
Conhecido? eu nem te conheço
sou apenas um mero acaso.
~César Gomes
Um comentário:
Cayo, pelo ritmo q vc criou no teu poema, eu sugeriria q vc produzisse uma simetria maior na forma. na 1º estrofe, vc coloca o 3º verso começando de modo diferente dos 2 anteriores. na 3º estrofe, 3º verso, vc poderia começar com "nem tua...", a 4º estrofe não mexe, pq o paralelismo ja tá dentro dela, numa estrutura direfente. Eu tiraria a adversativa iniciada com "mas..." pois isto daria uma maior concisão no poema, o que é, hoje em dia, bastante importante, uma vez que os temas poéticos e a forma estão bastante liberados.
De resto, o tema foi bem trabalhado, o "trocadilho" criado: conhecido-acaso foi bem explorado e está bem colocado no final, deixando ao leitor a tarefa de estabelecer nexos semânticos.
Gostei do teu poema, continua assim q tu vai bem! :)
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