terça-feira, março 13, 2007




Gregor Samsa visitou-me ontem à noite. No seu modo discreto de ser, pousou calmo na batata da minha perna. Assustado, bati o pé e o vi correndo a se esconder debaixo do móvel onde meu computador normalmente fica. Para quem bem me conhece nunca me dei bem com o Sr. Samsa. Fui direto buscar, sandália, veneno e reforços. Enquanto a cavalaria afastava os moveis do meu quarto, atrás do intruso, eu ficava no corredor. Não com medo, lógico que não, mas se por acaso Gregor tivesse a idéia de driblar a minha avó e passar pela fresta da porta? Iria ter alguém para avisar. Pois bem... Ele se escondeu muito bem escondido. Passei a noite meio acordado, meio dormindo, não com medo, lógico que não, mas se por ventura Gregor reaparecesse não precisaria me acordar. Sabemos, todos, que acordar alguém só pra conversar é uma tremenda falta de educação, não queria que ele passasse por saia justa desta.

No dia seguinte avistei a sombra de Gregor a rodear as paredes de me quarto. Sorte que ele não pousou em mim... Sorte dele é claro. Ele pousou bem na porta esperando cumprimento, mas recebeu uma sandáliada, que por desventura errei... Corri pra sala, não com medo, lógico que não, mas só pra não dar tempo de Samsa não se esconder tão bem quanto antes. E eu não lembrava como ele era grande, nossa... Pegou praticamente um terço da porta quando pousou nela. “Cadê cayo? Tem certeza que ele entrou?” “LOGICO! Eu não estou ficando louco e ele é MUITO grande” Foi quando eu o avistei na parte detrasi da porta... “ALI” Mostrei. Não fui matar ele, não porque tinha medo, lógico que não, mas sim porque minha avó empunha uma sandália muito melhor que eu. E então ele caiu estatelado de pernas pra cima. “Isso é a barata muito grande que tava no teu quarto?” “Eu JURO que ela tava bem maior a 3min atrás!!!”

Um comentário:

Anônimo disse...

AHUAHUHAUHAUHAUHUAHUAHUAHUHAUHAU...
Isso ta me lembrando de algumas aventuras que um amigo meu certo dia me contou...
Ele tava assistindo televisão quando vê a parente próxima de Gregor Samsa pousou no sofá bem do lado da sua farda co colégio. Ele vagarosamente pega sua farda, sai da sala e no meio do caminho do seu quarto fala a seu avô como quem não quer nada: " tem uma barata na sala vô".