De onde o vento nem faz a curva
de tanto que já rodou
Queria têr as asas da tanajura
As lanternas do vagalume
Pá vuá até onde tu tá
Na catingueira ou na arvore
de concreto onde tu mora
No céu cheio de estrela ou com uma estrela só
É sem rima que eu faço esse poema, é sem metrica, sem estilo e sem esperança
Esse amor-suspiro na mão de criança
Queria uma noite, um punhado de estrelas
Você... Mas ficou mais distante
Bem lonje, mal posso vêr
Tu tá tão longe que o vento nem passa mais pelos teus cabelos longos
Ele cansou de correr entre teus fios... frios fios...
César Gomes